Juliana Bezerra Jewellery
Juliana Bezerra Jewellery, criada em 2012, conta histórias em cada peça, em cada coleção. Há uma harmonia nas narrativas que refletem as referências do Brasil da criadora com a cultura portuguesa, com a inspiração pela natureza, com a simplicidade das coisas.
O que deu origem à criação da Juliana Bezerra Jewellery?
No Brasil comecei por fazer acessórios quando ainda estava na Universidade. Em 2005 vim para Portugal e tirei um curso de joalharia na antiga escola Contacto Direto durante quatro anos. Quando acabei o curso estagiei durante um ano na Galeria Teresa Seabra, onde pude desenvolver a minha técnica e consolidar com experiência prática o que aprendi no curso de joalharia.
A marca surgiu naturalmente na minha bancada, quando comecei a fazer peças para amigas e conhecidas. No entanto considero que começou oficialmente no dia 25 de setembro de 2012, quando publiquei a primeira imagem no Facebook. A partir desse dia comecei a ser procurada por novas pessoas.
A Juliana fez uma mudança de vida, mudou-se para Portugal. Como foi essa mudança?
A mudança foi essencialmente por motivos pessoais. No início foi complicado a adaptação a uma nova cultura, porém logo encontrei o curso de joalharia que me ajudou a criar meu mundo aqui.
O que define a sua marca?
É uma marca de joalharia de autor, na qual a inspiração maior é a natureza. É a partir da interpretação das formas e texturas naturais que as diversas coleções são criadas.
Como funciona a coleção?
Cada coleção é baseada num tema que procuro aprofundar e estudar, para conseguir novas formas, que estas passem a mensagem do tema.
Quem é o público alvo? E que feedback tem tido?
São mulheres entre os 25 e os 45 anos. Tenho uma relação muito próxima com as minhas clientes, o que também me permite ter uma maior percepção das suas opiniões – a marca tem crescido bastante anualmente e, por isso, podemos dizer que a recepção tem sido muito boa.
Há sempre feedback negativo, mas acima de tudo relacionado com as joias que perdem o banho de ouro ou a prata oxidada; estou a tentar contornar esse problema com um novo manual que envio com as peças e que ensina a cuidar das joias.
Fez uma coleçao em parceria com a Brigadeirando. Como surgiu?
Eu e a Carolina Henke somos muito amigas e já há algum tempo que tínhamos vontade de colaborar. A coleção ‘Dois Amores’ surgiu de forma espontânea, enquanto conversávamos. A ideia passou por criar joias para o Dia dos Namorados inspiradas nas formas dos bolos e no final ficámos muito felizes com o resultado, correu muito bem.
O que ambiciona para o futuro da marca?
A ambição para o futuro da marca em primeiro lugar é ultrapassar a crise.
Antes de tudo isto acontecer já estava em execução a criação de um novo espaço para a marca onde pudesse, para além do meu trabalho, apresentar também marcas amigas, dado este ter condições para tal. Mantive este projeto porque sou otimista e acredito no crescimento da marca e de outras marcas com alma.
